quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Podar Roseiras

AS ROSEIRAS (Rosa spp.) são das espécies mais abundantes no nosso país e das mais populares em todo o Mundo. São classificadas como arbustos perenes (com ciclo de vida de 2 ou mais anos), de crescimento vertical, que pode atingir em condições favoráveis dois metros de altura. Pertencem à família das Rosaceae e ao género Rosa L., sendo conhecidas mais de 100 espécies. Podem ser como arbustos ou trepadeiras e de acordo com esta distinção varia a forma e época da sua poda.
Quais as épocas de poda?
Existem espécies que devem ser podadas várias vezes ao ano enquanto outras o devem ser em épocas do ano específicas. Mas primeiro temos que ter em conta se estamos a falar de poda de formação ou poda de produção.

Poda de formação- O corte é feito de forma a orientar o crescimento adequado da planta, activando a formação de novos rebentos e ramificações, esta não é aconselhável fazer-se antes do enraizamento, que varia consoante a época de plantação. 
Poda de produção- A poda de produção tem como finalidade preparar a planta para a época de floração, portanto esta é recomendada ser executada após o fim do período invernal, altura em que a seiva começa a sua ascensão, que exteriormente se manifesta pelo engrossar e avermelhar do gomos.
Resumidamente pode-se efectuar a poda das roseiras de Outubro a Dezembro e em Março/Abril. 
Porque podamos as roseiras?
Contribuímos para melhorar a sua forma, pois ao eliminarmos os ramos mortos, doentes ou fracos, estimulamos o desenvolvimento das roseiras em forma de taça, o que permite que todas as folhas recebam luz e realizem fotossíntese. Além disso, ao suprimirmos os ramos mortos, doentes ou fracos, estamos também a favorecer o arejamento no interior da planta, prevenindo o aparecimento de pragas e doenças.
O que devemos cortar?
  1. É obrigatório o corte pela base dos ramos mortos, doentes, partidos ou feridos.
  2. Os ramos orientados para o interior da planta.
  3. Os ramos cruzados.
  4. Devemos deixar varas com pelo menos 5 gomos ( 15-20cm ).
  5. Podemos retirar alguns ramos da parte superior para que a planta fique mais homogénea e consigamos facilmente ver os ramos que precisamos cortar.
  6. Devemos manter sempre os ramos mais jovens (se estivermos indecisos entre dois ramos)
No caso das roseiras trepadeiras, a poda não deve ser tão "agressiva", deve ser mais ligeira, porque a finalidade é promover o crescimento em altura.
Quais os tipos de poda?
Poda Baixa- Consiste em fazer uma limpeza à roseira, retirando os ramos secos, fracos e mal formados. De seguida cortamos todos os ramos, deixando-os todos a uma altura de 20-25cm do solo ou do tronco. O corte é sempre da diagonal, aproximadamente a 1cm acima do gomo mais próximo.
Poda Alta- Faz-se uma limpeza idêntica à poda baixa, mas cortamos os ramos a uma altura entre 80-100cm. Os ramos mais fortes podem ficar mais longos porque o importante é que a planta fique a uma altura adequada ao local.
Poda Parcial- Fazemos uma limpeza semelhante às anteriores, podamos os ramos para 1/3 do seu comprimento total. É mais adequada a roseiras trepadeiras
Corte correcto e incorrecto
 


Os meses que se aproximam aproveite para podar as roseiras, a partir desta altura entram em dormência (repouso vegetativo) e evita-se que sofram danos fortes durante o inverno, desta forma quando se aproximam da primavera estão prontos para crescer saudáveis. Boas Podas ;)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tarefas que pode fazer em Novembro?!

(Plantar ou Semear)


Amor-perfeito (Viola tricolor)

~
Roseira (Rosa spp.)

Lírio (Lillium spp.)

Margarida (Bellis perennis)

(Conselhos)
  • Podar as roseiras* (quando estiver em repouso vegetativo)
  • Podar outros arbustos de jardim
  • Limpar as folhas que vão caindo na relva
  • Estacar as plantas contra o vento
  • Proteger as plantas mais sensíveis do frio

* Próximo post

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Plantas Tóxicas VS Animais Domésticos

Luna (a minha cadela)
Uma das causas mais frequentes das intoxicações dos nossos animais são as plantas que podemos ter em casa ou no jardim. Sem o sabermos, algumas das espécies que alegram o nosso espaço podem provocar alguns problemas como gastrites, estomatites, entrites etc... que podem levar à morte do animal. Este post tem como finalidade, a identificação de algumas das espécies tóxicas mais frequentes nas nossas casas e os seus efeitos sintomáticos nos animais.
Dieffenbachia picta
Nome comum: Comigo-ninguém-pode
Parte tóxica:  Todas as partes da planta
Descrição botânica:  Planta de folhas grandes e brilhantes, com manchas brancas ou amarelas na pagina superior. 
Sintomas: A ingestão e o contacto podem causar sensação de queimadura, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contacto com os olhos pode provocar irritação.


Monstera deliciosa
Nome comum: Costela de Adão
Parte tóxica: Folha
Descrição botânica: Folhas grandes e perfuradas, com longos pecíolos (pé de folha).
Sintomas: A mastigação da sua folha provoca intensa irritação e edema nas mucosas da boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves, pode causar náuseas e vómitos, sensação de queimadura, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.




Nerium oleander
Nome comum: Loendro / Oleandro / Loureiro-rosa / Espirradeira
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: É uma planta muito rústica, ramificada e com folhas lanceoladas (em forma de lança); as suas flores podem ser brancas, rosas, amarelas e vermelhas. 
Sintomas: Esta planta provoca queimaduras na boca, salivação, náuseas, vómitos intensos, cólicas abdominais e alterações nos batimentos cardíacos que pode levar à morte.



Zantedeschia aethiopica
Nome comum: Jarro / Copo de leite 
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: Planta de folhagem verde brilhante; flores firmes e duráveis, grandes e com tonalidades brancas.
Sintomas: O contacto ou ingestão causa inchaço na boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação intensa e dificuldade em engolir. O contacto com os olhos provoca irritações e lesão da córnea.


Datura suaveolens
Nome comum: Saia Branca / Trombeteira
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: Arbusto 2/3m alt., folhas alternas, inteiras e de pecíolos curtos, assimétricas na base. Flores pendentes em forma de cálice, com tonalidades de brancas a creme.
Sintomas: A ingestão causa secura na boca, taquicardia, dilatação das pupilas, agitação, alucinação, hipertermia (aumento da temperatura corporal) e em casos mais graves pode levar à morte do animal.


Tulipa hybrida
Nome comum: Túlipa
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: As folhas da túlipa podem ser oblongas, ovais ou lanceoladas. A flor surge solitária no centro da folhagem, a mesma pode ser simples, com seis pétalas ou dobradas, de diferentes cores e variedades.
Sintomas: Provoca aos animais vómitos intensos, diarreia, depressão e hipersalivação.





Euphorbia pulcherrina
Nome comum: Planta de Natal / Cardeal
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: A sua folhagem pode variar na textura, porte e tamanha. As flores podem ser de coloração vermelho, rosa, amarelo ou branco. É muito utilizada na decoração de natal, principalmente a de tonalidade vermelha.
Sintomas: A sua seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor, queimaduras e coceira. Em contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento  e dificuldade de visão. A ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.


De hoje em diante tenha mais atenção no interesse que as plantas despertam no seu animal e nas reacções que o mesmo tem quando está junto delas. Caso seja necessário isole-as, de forma a evitar um possível contacto, entre o animal e a planta!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Relvado !!

Um Relvado tem muito que se lhe diga. Nem sei bem por onde começar!!!???
Talvez comece pela planta em si. Planta pequena, com a particularidade dos seus pontos de crescimento se encontrarem abaixo da superfície, que se bifurca, até formar pequenos tufos, que se enredam uns aos outros, formando um tapete. As folhas resistem ao corte sistemático, continuam a crescer ainda com maior vigor, o que é uma adaptação à sobrevivência. A raiz é pouco profunda, o que implica cuidados especiais, principalmente em climas como o nosso. Uma superfície relvada e bem aparada, provoca um efeito tranquilizador e de atracção, dando especial destaque a todas as suas envolvências. Na minha modesta opinião, penso que um relvado deve ser um espaço privilegiado para brincar, passear, descansar, relaxar, ect... e não ser visto como um mero espaço decorativo e "verdinho". Um relvado bem tratado destaca e distingue espaços, embeleza e proporciona abertura num jardim; dando logo uma imagem de competência, de qualidade  e de sensibilidade de quem o fez e trata e ao seu proprietário; e que no caso de se tratar de parques públicos ou de firmas, facilmente transparece essa imagem. Até mesmo quando olhamos uma um campo de futebol, mesmo sem qualquer outro tipo de plantas, é um espaço bonito de se ver e convidativo para se estar.
O problema é vermos e termos bons relvados!! É que um bom relvado requer operações e cuidados sistemáticos e atempados, que se não forem aplicados dão origem ao aparecimento dos mais diversos problemas. Assim todas as operações são essenciais, começando num bom Planeamento do próprio jardim/espaço, até à regularidade dos cortes e às necessidades em regas.




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Chegou o Outono!!

Não é que estivesse farto do Verão, ou que tenha um gosto particular pelos dias mais curtos ou cinzentos...O Outono é para mim...O cheiro de terra molhada! Aquela sensação de humidade no ar! As cores que as caducifólias (plantas de folha caduca) adquirem! Os vermelhos-forte, os laranjas, os amarelos...misturados com o verde da restante vegetação, transportam-nos para um mundo de fantasia.
E o barulho que ouvimos quando pisamos as folhas secas? Já pensaram nas vantagens incríveis que o Outono nos proporciona?? E estas folhas, não estão cá por mero acaso... protegem o solo do frio, decompõem-se lentamente e nutrem as raízes das plantas que as deixaram cair, assim como das outras. É tempo de regeneração, de paragem para umas plantas e progressão para outras. Com tudo isto, penso, que nos podemos considerar afortunados, por presenciar todo este cenário!! O Outono!!!!