quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Criar um Jardim Biológico

Hoje em dia há necessidade de criarmos espaços verdes ou jardins segundo uma abordagem biológica e natural, ou seja, racionalizar os recursos, cultivar em harmonia com o ambiente alcançando assim os melhores resultados. Os jardins biológicos são um bom exemplo desta forma de encarar o equilíbrio com a natureza.

O Jardim Biológico pode ser criado não só em zonas rurais mas também espaço urbano, independentemente da área disponível. Desta feita, árvores, arbustos, flores, ervas aromáticas e elementos de água são os componentes essenciais que podem e devem coexistir de uma forma integrada e harmoniosa, constituindo um belo jardim biológico. É desta forma, e dependendo do gosto pessoal e objectivo primeiro, que estamos também a contribuir para a criação de pequenos ecossistemas em equilíbrio.
Neste espaço não são utilizados quaisquer fertilizantes, pesticidas ou herbicidas químicos, e é respeitado o crescimento natural das plantas, mediante as condições naturais e atmosféricas que lhe são oferecidas.

Razões para criar/manter um jardim biológico
> Saúde e segurança - Nos jardins biológicos, contrariamente aos jardins tradicionais, não estamos expostos a substâncias tóxicas durante a aplicação e/ou armazenamento de fertilizantes e pesticidas, entre outros produtos. É de conhecimento de todos que estes produtos químicos são inúmeras vezes causadores de múltiplas doenças, destacando-se por exemplo, alergias ou problemas cancerígenos.
> Poluição no meio ambiente -  Os produtos químicos, além de não melhorarem as plantas produzidas, também prejudicam seriamente o meio ambiente, porque afectam as linha as linhas de água, o ar e o solo e levam ao desaparecimento da biodiversidade. Desta forma, os procedimentos tidos como regra nos jardins biológicos contribuem para a conservação do meio ambiente, dos ecossistemas e recursos naturais.
> Fertilidade do solo - O uso de pesticidas e herbicidas  no cultivo tradicional leva à eliminação de organismos benéficos para as plantas e assim conduzem à degradação da estrutura do solo. O solo é o elemento central de todo o cultivo e por isso tem de ser preservado e tratado de forma conveniente, para que não sofra erosão nem esgotamento. A fortificação (dar força a ..) e fertilização dos solos conseguem-se através da incorporação de composto, rotação de espécies e policulturas, entre outras.
> Um espaço de aprendizagem e lazer - Quando criamos um jardim biológico, criamos um espaço onde é desenvolvida um determinada cultura biológica, e o local ideal para observar como vários seres vivos e o ambiente interagem entre si. Num ecossistema agrícola saudável as interacções entre o solo, as plantas e os animais tornam-se perfeitas, porque cada um tem a sua função. Criar um jardim biológico é trabalhar em prol de um ambiente melhor, é construir laços de amizade entre pessoas e os seres vivos. 

Canteiro de aromáticas
CONSTRUÇÃO DE UM  JARDIM BIOLÓGICO

1. Escolha do local: O terreno deve ser horizontal, solarengo, protegido dos ventos e, de preferência, virado a sul. O local deve ter um solo profundo e fértil e se possível de acesso a água.
2. Planificação do jardim: primeiro em papel, criando um pequeno esboço, em conformidade com o espaço disponível e os objectos pretendidos para o referido jardim. posteriormente passar para o terreno o que se encontra no papel. A construção e a posterior manutenção do jardim serão facilitadas se este for constituído por linhas direitas. Se o espaço permitir deve criar-se um caminho principal que permita a circulação de um carrinho de jardim.
3. Nesse jardim deve assinalar-se:
a) Um local destinado à compostagem (que deverá ficar próximo da entrada para limitar deslocações)
b) Criar parcelas, que podem ser divididas em canteiros e numeradas para facilitar a organização das plantas)
c) Planear as rotações e consociações a realizar ao longo do ano
d) Preparar o terreno e fertilizar o solo com composto bem maturado.
e) Semear e plantar nos locais já escolhidos, identificando os respectivos canteiros.

Posteriormente à instalação do jardim biológico, devemos proceder à sua manutenção, efectuando regas, mondas, colheitas, plantação de novos, etc...

 Engº Luís Alves falou sobre Jardins Biológicos na RTP

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Processo de instalação de torre eólica flutuante no mar!




A costa portuguesa terá a sua primeira torre eólica flutuante no Verão, adiantou ontem o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, à margem do seminário “O sector das Energias Renováveis em Portugal e França: Oportunidades e Parcerias”, que decorreu no Porto.
“Este Verão teremos a primeira torre eólica flutuante no mar e a seguir vamos abrir concurso para a colocação de mais torres”, explicou Zorrinho no seminário organizado pela Câmara de Comércio e Indústria.
“As características garantem um grande número de vantagens: pode ser implementada em locais exclusivos, onde outras não podem, como locais de pesca, e são completamente ecológicas”, revelou então Anne Stroemmen Lycke, responsável de energia eólica da StatiolHydro, em entrevista à AFP.


Fonte: GreenSavers

Relvados/ Gramados – Luz; Sombra, Ventilação


A luz é o principal motor de crescimento vegetal, é através da luz e captação de CO2 atmosférico que a planta realiza a fotossíntese, assimilando o carbono e realizando a síntese de açúcares. A ausência de luz vai diminuir a produção de carbohidratos logo menor vigor, menor crescimento radicular e menor afilhamento bem como menos folhas e mais finas tendo como resultado menor densidade. A tolerância ao frio, calor, doenças e a competição com infestantes diminui, assim como a capacidade de recuperação após desgaste e consequentemente diminuição do número de horas possíveis de utilização.
Sombra - arquitectura dos estádios, edifícios fronteiriços ou árvores (em espaços ajardinados ou campos de golfe) criam zonas de sombra onde a temperatura é mais baixa, assim ao projectar o sistema de rega deverá ser tomada em linha de conta as zonas de ensombramento bem como o tempo a que a relva está sujeita a este stress. A humidade do solo em zonas sombrias tem tendência a manter-se pois evapora menos assim pode sofrer aquecimentos e esfriamentos rápidos, tornando a planta mais susceptível às agressões ambientais. É muito frequente nestas zonas o aparecimento de musgos e algas.
A ausência de ventilação vem acentuar as agressões sentidas pela planta devido às altas ou baixas temperaturas bem como a humidade excessiva nestas zonas o que torna a planta passível ao ataque de fungos e menos resistente ao tráfego e qualquer stress que se faça sentir como aplicação de Fitofármacos, golpes de frio ou calor.
Quando estamos perante temperaturas elevadas, em pleno sol, poderá um relvado comportar-se como se estivesse à sombra, os estomas fecham e as plantas deixam de fazer trocas gasosas perdendo a capacidade fotossintética. Para ajudar na abertura dos estomas deve ser feita uma aplicação de água ligeira (syringe) com a finalidade de arrefecer a superfície foliar e proporcionar a abertura dos estomas e consequentemente as trocas gasosas e a realização da fotossíntese. Esta técnica - syringe – deve ser feita durante o dia quando as temperaturas estão de tal modo elevadas que as gramíneas se torcem sobre si como mecanismo de defesa para não desidratarem.
Assim promover a ventilação, ter a quantidade de luz necessária à realização da fotossíntese e temperaturas amenas favorece a sanidade dos relvados.
Global Relva (Global Turf Network)
Written by Filipa Mateus De Almeida
Wednesday, 02 February 2011