segunda-feira, 4 de abril de 2011

XEROJARDIM ( Jardim Sustentável )

Loendro (Nerium oleander)

O conceito de xerojardinagem foi iniciada nos EUA no principio dos anos 80, motivado pela vontade de adoptar técnicas mais sustentáveis no consumo de água, após um período de seca que se fez sentir no país. O movimento designou-se por ´xeriscape`, proveniente da combinação de ´xeros`, que significa seco, e de ´landscape`, que significa paisagem.
Já nos anos 90, após um período de seca prolongada, Espanha adquiriu sensibilidade para explorar e implementar os conceitos de xerojardinagem, que chegaram assim à Península Ibérica. 
O xerojardim adequa-se bem ao clima mediterrâneo, o que caracteriza Portugal. Será cada vez mais notório o excesso de água no Inverno e a escassez no Verão, pelo que devem ser implementadas e seguidas estratégias que promovam a utilização racional e consciente da água, de forma a criarmos jardins mais sustentáveis.
As espécies indicadas serão aquelas com necessidades hídricas reduzidas, portanto espécies autóctones e características da flora portuguesa.

Tais como:
  • Lavandula sp (Rosmaninho e Alfazema)
  • Rosmarinus officinalis (Alecrim)
  • Myrtus communis (Murta)
  • Laurus nobilis (Loureiro)
  • Thymus vulgaris (Tomilho)
  • Viburnum tinus (Folhado)
  • Nerium oleander (Loendro)
  • entre muitas outras....


Princípios da Xerojardinagem
  1. Planificação do desenho
  2. Análise do solo
  3. Selecção adequada das plantas, agrupadas por hidrozonas*
  4. Zona de relvado, reduzida ao mínimo indispensável
  5. Tipologio de rega eficiente com dotação de água adequada
  6. Uso de revestimentos de solo (casca de pinheiro ou inertes minerais)
  7. Manutenção adequada
* Zonas com plantas caracterizadas por necessidades hídricas idênticas

Barcelona usa sistema subterrâneo para recolha de lixo



domingo, 3 de abril de 2011

Poda ou Mutilação?

Num destes dias, quando passava por um Jardim Municipal, deparei-me com um cenário, em que do ponto de vista ornamental deixava muito a desejar, e estou a falar mais em concreto de uma intervenção que está a ser feita nuns plátanos.

Desta intervenção sei o seguinte:

  • Todos os ramos que já foram cortados, não os conseguimos colar novamente ao tronco. nem com a ajuda de cola "Pica Pau" ou Fita cola, ou seja o que está feito, está feito e não há volta a dar!! :-/ .
  • O que sim sei também, é que, todas as feridas efectuadas nestas árvores, servem de porta de entrada a fungos e que, posteriormente vai causar doenças, entre elas a Antracnose (Apiognomonia veneta) uma das principais doenças que afectam os plátanos que se manifesta  pela descoloração das folhas, seguidamente perda das mesmas e finalmente a morte. 
RESUMIDAMENTE.....NÃO GOSTEI DO QUE VI!!







  

quinta-feira, 31 de março de 2011

Acabe com as lesmas e caracóis no seu terreno de forma biológica!

Lesma numa folha

As lesmas e os caracóis aparecem no terreno assim que este se torna mais húmido. Por isso, este post tem como finalidade, dar-vos umas dicas biológicas, de forma a  desencorajar e eliminar esta praga:

  • Colocar plantas repelentes, por exemplo: Begónia, Rosmaninho, Saponária, Absinto entre outras;
  • Colocar um ou mais tijolos e todos os dias destruir os moluscos que aí se alojaram;
  • Fazer pequenos caminhos de cinza, serradura ou casca de ovos esmagados, com largura de 1m, a rodear as plantas a proteger;
  • Se tiver galinhas ou patos deixe-os passear no terreno antes de instalar a cultura;
  • Como isco pode fazer uma mistura de cerveja com farinha. Colocar essa solução num copo e enterre-o, deixando só os bordos do mesmo à superfície;
  • Elimine as ervas infestantes e os restos das culturas;

PLANTAS REPELENTES

Absinto (Artemisia absinthium L.)

Begónia (Begonia sp.)

Saponária (Saponaria officinalis)

Rosmaninho (Lavandula sp.)

Mulching ou Empalhamento

Mulching numa plantação de tomate

Mulching ou empalhamento é uma técnica de cobertura do solo. Os materiais a utilizar são orgânicos, como por exemplo: Palha, casca de pinheiro, composto, serradura, relva, mato triturado e folhas variadas entre outros. A espessura desta camada situa-se entre os 10-20cm.

Vantagens:
  • Impedir o crescimento de infestantes;
  • Proteger as culturas do frio e do calor;
  • Manter estável a humidade e temperatura do solo;
  • Fertilizar o solo gradualmente;
  • Estimular a vida microbiana e as minhocas do solo;
  • Impedir a compactação e erosão do solo, melhorando a sua permeabilidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

"Estradas eléctricas"



Em 2008, dois jovens mestrandos de Engenharia Electromecânica da Universidade da Beira Interior (UBI), Francisco Duarte e Filipe Casimiro, inventaram um sistema inovador que, aplicado ao pavimento, permite gerar energia eléctrica a partir do movimento de pessoas e veículos sobre a sua superfície.
Segundo conta a Notícias Sábado, do Diário de Notícias, este sistema pode ser aplicado em zonas de grande circulação de pessoas ou veículos, como centros comerciais, estações de transportes públicos ou até na própria estrada. Sempre que utilizado, o sistema capta a energia cinética e transforma-a em energia eléctrica.
Com esta ideia, que foi imediatamente acarinhada pelos professores do departamento de Engenharia Electromecânica da UBI, Francisco Duarte e Filipe Casimiro, hoje com 26 e 25 anos, venceram dois prémios: um organizado pelo ISCTE-IUL e MIT – Portugal Venture Competition -, no valor de cem mil euros, e outro pela EDP - Prémio Inovação/EDP Richard Branson - avaliado em cinquenta mil euros.
Através desta ajuda financeira, os dois portugueses criaram a empresa Waydip, que vai desenvolver o projecto Wayenergy. “O suporte financeiro permite-nos desenvolver os protótipos à escala real, bem como fazer o pedido internacional da patente do sistema”, explicaram os responsáveis à Notícias Sábado.
EDP, MIT e ISCTE continuam atentas ao desenvolvimento do projecto, que já foi sondado também por várias empresas, sobretudo ligadas ao sector das estradas, construção, energias renováveis e eficiência energética.
Fonte: GreenSavers

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Criar um Jardim Biológico

Hoje em dia há necessidade de criarmos espaços verdes ou jardins segundo uma abordagem biológica e natural, ou seja, racionalizar os recursos, cultivar em harmonia com o ambiente alcançando assim os melhores resultados. Os jardins biológicos são um bom exemplo desta forma de encarar o equilíbrio com a natureza.

O Jardim Biológico pode ser criado não só em zonas rurais mas também espaço urbano, independentemente da área disponível. Desta feita, árvores, arbustos, flores, ervas aromáticas e elementos de água são os componentes essenciais que podem e devem coexistir de uma forma integrada e harmoniosa, constituindo um belo jardim biológico. É desta forma, e dependendo do gosto pessoal e objectivo primeiro, que estamos também a contribuir para a criação de pequenos ecossistemas em equilíbrio.
Neste espaço não são utilizados quaisquer fertilizantes, pesticidas ou herbicidas químicos, e é respeitado o crescimento natural das plantas, mediante as condições naturais e atmosféricas que lhe são oferecidas.

Razões para criar/manter um jardim biológico
> Saúde e segurança - Nos jardins biológicos, contrariamente aos jardins tradicionais, não estamos expostos a substâncias tóxicas durante a aplicação e/ou armazenamento de fertilizantes e pesticidas, entre outros produtos. É de conhecimento de todos que estes produtos químicos são inúmeras vezes causadores de múltiplas doenças, destacando-se por exemplo, alergias ou problemas cancerígenos.
> Poluição no meio ambiente -  Os produtos químicos, além de não melhorarem as plantas produzidas, também prejudicam seriamente o meio ambiente, porque afectam as linha as linhas de água, o ar e o solo e levam ao desaparecimento da biodiversidade. Desta forma, os procedimentos tidos como regra nos jardins biológicos contribuem para a conservação do meio ambiente, dos ecossistemas e recursos naturais.
> Fertilidade do solo - O uso de pesticidas e herbicidas  no cultivo tradicional leva à eliminação de organismos benéficos para as plantas e assim conduzem à degradação da estrutura do solo. O solo é o elemento central de todo o cultivo e por isso tem de ser preservado e tratado de forma conveniente, para que não sofra erosão nem esgotamento. A fortificação (dar força a ..) e fertilização dos solos conseguem-se através da incorporação de composto, rotação de espécies e policulturas, entre outras.
> Um espaço de aprendizagem e lazer - Quando criamos um jardim biológico, criamos um espaço onde é desenvolvida um determinada cultura biológica, e o local ideal para observar como vários seres vivos e o ambiente interagem entre si. Num ecossistema agrícola saudável as interacções entre o solo, as plantas e os animais tornam-se perfeitas, porque cada um tem a sua função. Criar um jardim biológico é trabalhar em prol de um ambiente melhor, é construir laços de amizade entre pessoas e os seres vivos. 

Canteiro de aromáticas
CONSTRUÇÃO DE UM  JARDIM BIOLÓGICO

1. Escolha do local: O terreno deve ser horizontal, solarengo, protegido dos ventos e, de preferência, virado a sul. O local deve ter um solo profundo e fértil e se possível de acesso a água.
2. Planificação do jardim: primeiro em papel, criando um pequeno esboço, em conformidade com o espaço disponível e os objectos pretendidos para o referido jardim. posteriormente passar para o terreno o que se encontra no papel. A construção e a posterior manutenção do jardim serão facilitadas se este for constituído por linhas direitas. Se o espaço permitir deve criar-se um caminho principal que permita a circulação de um carrinho de jardim.
3. Nesse jardim deve assinalar-se:
a) Um local destinado à compostagem (que deverá ficar próximo da entrada para limitar deslocações)
b) Criar parcelas, que podem ser divididas em canteiros e numeradas para facilitar a organização das plantas)
c) Planear as rotações e consociações a realizar ao longo do ano
d) Preparar o terreno e fertilizar o solo com composto bem maturado.
e) Semear e plantar nos locais já escolhidos, identificando os respectivos canteiros.

Posteriormente à instalação do jardim biológico, devemos proceder à sua manutenção, efectuando regas, mondas, colheitas, plantação de novos, etc...

 Engº Luís Alves falou sobre Jardins Biológicos na RTP

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Processo de instalação de torre eólica flutuante no mar!




A costa portuguesa terá a sua primeira torre eólica flutuante no Verão, adiantou ontem o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, à margem do seminário “O sector das Energias Renováveis em Portugal e França: Oportunidades e Parcerias”, que decorreu no Porto.
“Este Verão teremos a primeira torre eólica flutuante no mar e a seguir vamos abrir concurso para a colocação de mais torres”, explicou Zorrinho no seminário organizado pela Câmara de Comércio e Indústria.
“As características garantem um grande número de vantagens: pode ser implementada em locais exclusivos, onde outras não podem, como locais de pesca, e são completamente ecológicas”, revelou então Anne Stroemmen Lycke, responsável de energia eólica da StatiolHydro, em entrevista à AFP.


Fonte: GreenSavers

Relvados/ Gramados – Luz; Sombra, Ventilação


A luz é o principal motor de crescimento vegetal, é através da luz e captação de CO2 atmosférico que a planta realiza a fotossíntese, assimilando o carbono e realizando a síntese de açúcares. A ausência de luz vai diminuir a produção de carbohidratos logo menor vigor, menor crescimento radicular e menor afilhamento bem como menos folhas e mais finas tendo como resultado menor densidade. A tolerância ao frio, calor, doenças e a competição com infestantes diminui, assim como a capacidade de recuperação após desgaste e consequentemente diminuição do número de horas possíveis de utilização.
Sombra - arquitectura dos estádios, edifícios fronteiriços ou árvores (em espaços ajardinados ou campos de golfe) criam zonas de sombra onde a temperatura é mais baixa, assim ao projectar o sistema de rega deverá ser tomada em linha de conta as zonas de ensombramento bem como o tempo a que a relva está sujeita a este stress. A humidade do solo em zonas sombrias tem tendência a manter-se pois evapora menos assim pode sofrer aquecimentos e esfriamentos rápidos, tornando a planta mais susceptível às agressões ambientais. É muito frequente nestas zonas o aparecimento de musgos e algas.
A ausência de ventilação vem acentuar as agressões sentidas pela planta devido às altas ou baixas temperaturas bem como a humidade excessiva nestas zonas o que torna a planta passível ao ataque de fungos e menos resistente ao tráfego e qualquer stress que se faça sentir como aplicação de Fitofármacos, golpes de frio ou calor.
Quando estamos perante temperaturas elevadas, em pleno sol, poderá um relvado comportar-se como se estivesse à sombra, os estomas fecham e as plantas deixam de fazer trocas gasosas perdendo a capacidade fotossintética. Para ajudar na abertura dos estomas deve ser feita uma aplicação de água ligeira (syringe) com a finalidade de arrefecer a superfície foliar e proporcionar a abertura dos estomas e consequentemente as trocas gasosas e a realização da fotossíntese. Esta técnica - syringe – deve ser feita durante o dia quando as temperaturas estão de tal modo elevadas que as gramíneas se torcem sobre si como mecanismo de defesa para não desidratarem.
Assim promover a ventilação, ter a quantidade de luz necessária à realização da fotossíntese e temperaturas amenas favorece a sanidade dos relvados.
Global Relva (Global Turf Network)
Written by Filipa Mateus De Almeida
Wednesday, 02 February 2011