quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Trepadeiras

As trepadeiras podem ser um instrumento muito útil no nosso jardim. Pode-mos encará-las como plantas, e  pensar nas flores e folhas que darão. Podemos também pensar nas estrutura por elas formadas, uma vez estabelecidas. Conseguimos esconder estruturas feias do nosso jardim, como troncos de árvores cortadas e que permaneçam no local, protecções de garrafas de gás, ou mesmo para forrar paredes e vedações. Isto para não falar nos arcos, pérgolas e sombra que nos podem proporcionar. As espécies são tantas que este post não cobre uma ínfima parte do que a natureza nos oferece. Cada planta está adequada a cada situação, a cada solo e a cada disponibilidade de espaço.
Hera (Hedera helix) 
Hedera helix 
Trepadeira largamente conhecida pelos jardineiros portugueses. Existem as formas variegadas, de crescimento mais lento, por terem menos clorofila nas folhas. São essas plantas que devemos ter, a prioridade. As heras sentem-se bem em qualquer tipo de solo, mas gostam de sentir frescura nas raízes, por isso não convém tê-las em vasos expostos ao sol. São plantas de sombra, fugindo sempre que possível à radiação solar.
Esta é uma planta que emite raízes adventícias para se fixar, quer isto dizer que são raízes que vão surgindo ao longo do caule da planta, que quando encontram uma brecha, numa parede, por exemplo, se enfiam nela. É boa para forrar paredes de granito, mas não podem ser utilizadas em paredes de casas novas. Se encontrar a tal brecha, vai abri-la, à medida que as raízes vão aumentando o seu diâmetro. É boa para cobrir troncos de palmeiras, não se recomenda em outras espécies arbóreas, pois podem asfixiá-la.
Vinha virgem (Parthenocissus triscupidata)
Parthenocissus triscupidata
Agarra-se ao suporte com estruturas semelhantes a ventosas. Não é invasiva de paredes, podendo crescer numa parede recente, sem que tenhamos medo de a estragar.Cultivada essencialmente pelas suas folhas, é no Outono que deixa as pessoas de boca aberta. Gosta de sombra, solos ácidos e Invernos frios. É uma trepadeira proveniente da China, Coreia e Japão, e dá-se muito bem no nosso país. Por ter uma velocidade de crescimento moderada, e estruturas de fixação não invasivas, podemos colocá-la a cobrir troncos de árvores vivas, sendo que só os embelezarão. As folhas tornam-se vermelhas no Outono, acabando por cair no Inveno. Tem uns frutos vermelhos, muito giros, mas não comestíveis.
Hera Americana (Parthenocissus quinquefolia)
Parthenocissus quinquefolia
Tem como órgãos de fixação as gavinhas e ventosas. Esta espécie tem um crescimento muito rápido, se em condições ideiais. Ideal para forrar uma parede num ano, desde que seja podada no sentido de lhe reduzir a dominância apical. No Outono as folhas ficam vermelhas, como a Parthenocissus triscupidata, mas mais cedo. Assim, tendo ambas as espécies plantadas em conjunto, conseguimos prolongar o belo efeito das folhas vermelhas no tempo.


Jasmim-dos-poetas (Jasminum polyanthum)
Jasminum polyanthum
Trepadeira que pode ser educada  como arbusto. Com flores brancas, não muito grandes, esta planta é cultivada essencialmente pelo aroma que as mesmas libertam. Muito popular, é frequentemente colocado ao longo de muros ou vedações, arcos ou pérgolas. Gosta de solos bem drenados, mas com água disponível, e preferem exposição solar com fartura, mas toleram sombra parcial. No Inverno, nem precisa de rega, mas é daquelas plantas que no nosso país , precisa de rega obrigatória nos meses mais secos. Em zonas mais frias o jasmim deve ser colocado numa zona abrigada dos ventos mais fortes. No caso da poda não é uma planta que dê muito trabalho, deve ser podada só no caso de ser extremamente necessário, após a floração.
Glicinia (Wisteria floribunda)
Wisteria floribunda
É uma trepadeira lindissima, quer pelas suas flores, quer pelas suas folhas. Gosta de solos férteis, frescos e bem drenados. A propagação deve ser feita por estaca na Primavera, ou por semente assim que as vagens estiverem maduras e a abrirem, o segundo método não é tão aconselhado, pois vai retardar a floração da planta num bom par de anos. Deve ser podada após a queda das flores, no Outono, já que floresce na madeira do ano anterior.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Proteger Móveis e Utensílios de Jardim!!

A madeira sempre teve um papel importante na nossa vida, seja no interior seja no exterior. Devido à sua adaptabilidade e beleza torna-a o material ideal para todos os tipos de uso. Por isso é importante cuidar dela, protegendo-a e preservando-a.
Vulnerabilidade: Humidade, plantas e animais. Podridão seca e húmida, caruncho, térmitas etc..
Dicas para preservá-la: 
  • para limpar devemos utilizar uma escova macia ou pano, um detergente neutro e  água morna. Deve-se evitar embeber as peças de madeiras. Depois de limpa deixe as peças ao sol para que sequem.
  • Para não absorver humidade, proteja as madeiras com um produto apropriado, como por exemplo, um imunizante e posteriormente um verniz ou esmalte.
  • Quando a madeira aquece começam a aparecer fissuras. Por isso devemos aplicar um produto de cor médio, suficientemente escuro para limitar os efeitos UV (ultra violetas).
  • Para não ficar sujeita a bolores e fungos, devemos usar um produto de protecção de madeiras exteriores que contenha um fungicida.
  • As larvas dos insectos que se alimentam de madeira encontram boas condições para se reproduzirem, pelo que será necessário um tratamento preventivo ou curativo com produtos apropriados.
Mobília de Metal
Esta é uma escolha muito popular. É durável, barata e resistente ao tempo e às condições meteorológicas.
Vulnerabilidade: A acumulação de poeiras pode levar ao enferrujar do material.
Dicas para preservá-la: 
  • A limpeza resume-se à retirada do pó com um pano seco.
  • Quando o material se encontra com ferrugem, retire a ferrugem com o auxílio de uma escova de aço, desengordure com o diluente, aplique um primário e pinte.

Mobília de Plástico
Apesar de não ser considerada a mais bonita no mercado, é uma boa opção. É mais barata e é fácil de arrumar
Vulnerabilidade: Fragilidade
Dicas para preservá-la: 
  • Evitar longa exposição às condições climatéricas, pois se assim for o plástico começa a ficar escuro e com verdete, além de ir requeimando o próprio material.
  • para limpar deve utilizar água morna, detergente com lixívia ou branqueador, esponja e luvas.

Utensílios de jardinagem
Vulnerabilidade: Ferrugem e acumulação de resíduos
Dicas para preservá-lo: 
  • Para garantir a longevidade e desempenho dos utensílios de jardinagem é necessário mantê-los limpos, não só durante os meses em que mais são utilizados, mas também antes de serem guardados.
  • Utensílios cortantes: Quando verificar que necessitam de limpeza, deite num pano um pouco de diluente e limpe bem os utensílios.
  • Utensílios de mão: a limpeza consiste em colocar a ferramenta num balde com água e sabão. deixa-se de "molho", esfrega-se com um esfregão de arame ou escova e deixa-se secar ao ar livre.
  • Para evitar que as mangueiras rachem, devemos evitar pendurá-las em pregos ou outra coisa do género. O que se deve fazer, caso não tenhamos um enrolador próprio, é colocá-las no chão bem enroladas.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Podar Roseiras

AS ROSEIRAS (Rosa spp.) são das espécies mais abundantes no nosso país e das mais populares em todo o Mundo. São classificadas como arbustos perenes (com ciclo de vida de 2 ou mais anos), de crescimento vertical, que pode atingir em condições favoráveis dois metros de altura. Pertencem à família das Rosaceae e ao género Rosa L., sendo conhecidas mais de 100 espécies. Podem ser como arbustos ou trepadeiras e de acordo com esta distinção varia a forma e época da sua poda.
Quais as épocas de poda?
Existem espécies que devem ser podadas várias vezes ao ano enquanto outras o devem ser em épocas do ano específicas. Mas primeiro temos que ter em conta se estamos a falar de poda de formação ou poda de produção.

Poda de formação- O corte é feito de forma a orientar o crescimento adequado da planta, activando a formação de novos rebentos e ramificações, esta não é aconselhável fazer-se antes do enraizamento, que varia consoante a época de plantação. 
Poda de produção- A poda de produção tem como finalidade preparar a planta para a época de floração, portanto esta é recomendada ser executada após o fim do período invernal, altura em que a seiva começa a sua ascensão, que exteriormente se manifesta pelo engrossar e avermelhar do gomos.
Resumidamente pode-se efectuar a poda das roseiras de Outubro a Dezembro e em Março/Abril. 
Porque podamos as roseiras?
Contribuímos para melhorar a sua forma, pois ao eliminarmos os ramos mortos, doentes ou fracos, estimulamos o desenvolvimento das roseiras em forma de taça, o que permite que todas as folhas recebam luz e realizem fotossíntese. Além disso, ao suprimirmos os ramos mortos, doentes ou fracos, estamos também a favorecer o arejamento no interior da planta, prevenindo o aparecimento de pragas e doenças.
O que devemos cortar?
  1. É obrigatório o corte pela base dos ramos mortos, doentes, partidos ou feridos.
  2. Os ramos orientados para o interior da planta.
  3. Os ramos cruzados.
  4. Devemos deixar varas com pelo menos 5 gomos ( 15-20cm ).
  5. Podemos retirar alguns ramos da parte superior para que a planta fique mais homogénea e consigamos facilmente ver os ramos que precisamos cortar.
  6. Devemos manter sempre os ramos mais jovens (se estivermos indecisos entre dois ramos)
No caso das roseiras trepadeiras, a poda não deve ser tão "agressiva", deve ser mais ligeira, porque a finalidade é promover o crescimento em altura.
Quais os tipos de poda?
Poda Baixa- Consiste em fazer uma limpeza à roseira, retirando os ramos secos, fracos e mal formados. De seguida cortamos todos os ramos, deixando-os todos a uma altura de 20-25cm do solo ou do tronco. O corte é sempre da diagonal, aproximadamente a 1cm acima do gomo mais próximo.
Poda Alta- Faz-se uma limpeza idêntica à poda baixa, mas cortamos os ramos a uma altura entre 80-100cm. Os ramos mais fortes podem ficar mais longos porque o importante é que a planta fique a uma altura adequada ao local.
Poda Parcial- Fazemos uma limpeza semelhante às anteriores, podamos os ramos para 1/3 do seu comprimento total. É mais adequada a roseiras trepadeiras
Corte correcto e incorrecto
 


Os meses que se aproximam aproveite para podar as roseiras, a partir desta altura entram em dormência (repouso vegetativo) e evita-se que sofram danos fortes durante o inverno, desta forma quando se aproximam da primavera estão prontos para crescer saudáveis. Boas Podas ;)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tarefas que pode fazer em Novembro?!

(Plantar ou Semear)


Amor-perfeito (Viola tricolor)

~
Roseira (Rosa spp.)

Lírio (Lillium spp.)

Margarida (Bellis perennis)

(Conselhos)
  • Podar as roseiras* (quando estiver em repouso vegetativo)
  • Podar outros arbustos de jardim
  • Limpar as folhas que vão caindo na relva
  • Estacar as plantas contra o vento
  • Proteger as plantas mais sensíveis do frio

* Próximo post

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Plantas Tóxicas VS Animais Domésticos

Luna (a minha cadela)
Uma das causas mais frequentes das intoxicações dos nossos animais são as plantas que podemos ter em casa ou no jardim. Sem o sabermos, algumas das espécies que alegram o nosso espaço podem provocar alguns problemas como gastrites, estomatites, entrites etc... que podem levar à morte do animal. Este post tem como finalidade, a identificação de algumas das espécies tóxicas mais frequentes nas nossas casas e os seus efeitos sintomáticos nos animais.
Dieffenbachia picta
Nome comum: Comigo-ninguém-pode
Parte tóxica:  Todas as partes da planta
Descrição botânica:  Planta de folhas grandes e brilhantes, com manchas brancas ou amarelas na pagina superior. 
Sintomas: A ingestão e o contacto podem causar sensação de queimadura, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contacto com os olhos pode provocar irritação.


Monstera deliciosa
Nome comum: Costela de Adão
Parte tóxica: Folha
Descrição botânica: Folhas grandes e perfuradas, com longos pecíolos (pé de folha).
Sintomas: A mastigação da sua folha provoca intensa irritação e edema nas mucosas da boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves, pode causar náuseas e vómitos, sensação de queimadura, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.




Nerium oleander
Nome comum: Loendro / Oleandro / Loureiro-rosa / Espirradeira
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: É uma planta muito rústica, ramificada e com folhas lanceoladas (em forma de lança); as suas flores podem ser brancas, rosas, amarelas e vermelhas. 
Sintomas: Esta planta provoca queimaduras na boca, salivação, náuseas, vómitos intensos, cólicas abdominais e alterações nos batimentos cardíacos que pode levar à morte.



Zantedeschia aethiopica
Nome comum: Jarro / Copo de leite 
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: Planta de folhagem verde brilhante; flores firmes e duráveis, grandes e com tonalidades brancas.
Sintomas: O contacto ou ingestão causa inchaço na boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação intensa e dificuldade em engolir. O contacto com os olhos provoca irritações e lesão da córnea.


Datura suaveolens
Nome comum: Saia Branca / Trombeteira
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: Arbusto 2/3m alt., folhas alternas, inteiras e de pecíolos curtos, assimétricas na base. Flores pendentes em forma de cálice, com tonalidades de brancas a creme.
Sintomas: A ingestão causa secura na boca, taquicardia, dilatação das pupilas, agitação, alucinação, hipertermia (aumento da temperatura corporal) e em casos mais graves pode levar à morte do animal.


Tulipa hybrida
Nome comum: Túlipa
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: As folhas da túlipa podem ser oblongas, ovais ou lanceoladas. A flor surge solitária no centro da folhagem, a mesma pode ser simples, com seis pétalas ou dobradas, de diferentes cores e variedades.
Sintomas: Provoca aos animais vómitos intensos, diarreia, depressão e hipersalivação.





Euphorbia pulcherrina
Nome comum: Planta de Natal / Cardeal
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Descrição botânica: A sua folhagem pode variar na textura, porte e tamanha. As flores podem ser de coloração vermelho, rosa, amarelo ou branco. É muito utilizada na decoração de natal, principalmente a de tonalidade vermelha.
Sintomas: A sua seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor, queimaduras e coceira. Em contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento  e dificuldade de visão. A ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.


De hoje em diante tenha mais atenção no interesse que as plantas despertam no seu animal e nas reacções que o mesmo tem quando está junto delas. Caso seja necessário isole-as, de forma a evitar um possível contacto, entre o animal e a planta!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Relvado !!

Um Relvado tem muito que se lhe diga. Nem sei bem por onde começar!!!???
Talvez comece pela planta em si. Planta pequena, com a particularidade dos seus pontos de crescimento se encontrarem abaixo da superfície, que se bifurca, até formar pequenos tufos, que se enredam uns aos outros, formando um tapete. As folhas resistem ao corte sistemático, continuam a crescer ainda com maior vigor, o que é uma adaptação à sobrevivência. A raiz é pouco profunda, o que implica cuidados especiais, principalmente em climas como o nosso. Uma superfície relvada e bem aparada, provoca um efeito tranquilizador e de atracção, dando especial destaque a todas as suas envolvências. Na minha modesta opinião, penso que um relvado deve ser um espaço privilegiado para brincar, passear, descansar, relaxar, ect... e não ser visto como um mero espaço decorativo e "verdinho". Um relvado bem tratado destaca e distingue espaços, embeleza e proporciona abertura num jardim; dando logo uma imagem de competência, de qualidade  e de sensibilidade de quem o fez e trata e ao seu proprietário; e que no caso de se tratar de parques públicos ou de firmas, facilmente transparece essa imagem. Até mesmo quando olhamos uma um campo de futebol, mesmo sem qualquer outro tipo de plantas, é um espaço bonito de se ver e convidativo para se estar.
O problema é vermos e termos bons relvados!! É que um bom relvado requer operações e cuidados sistemáticos e atempados, que se não forem aplicados dão origem ao aparecimento dos mais diversos problemas. Assim todas as operações são essenciais, começando num bom Planeamento do próprio jardim/espaço, até à regularidade dos cortes e às necessidades em regas.




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Chegou o Outono!!

Não é que estivesse farto do Verão, ou que tenha um gosto particular pelos dias mais curtos ou cinzentos...O Outono é para mim...O cheiro de terra molhada! Aquela sensação de humidade no ar! As cores que as caducifólias (plantas de folha caduca) adquirem! Os vermelhos-forte, os laranjas, os amarelos...misturados com o verde da restante vegetação, transportam-nos para um mundo de fantasia.
E o barulho que ouvimos quando pisamos as folhas secas? Já pensaram nas vantagens incríveis que o Outono nos proporciona?? E estas folhas, não estão cá por mero acaso... protegem o solo do frio, decompõem-se lentamente e nutrem as raízes das plantas que as deixaram cair, assim como das outras. É tempo de regeneração, de paragem para umas plantas e progressão para outras. Com tudo isto, penso, que nos podemos considerar afortunados, por presenciar todo este cenário!! O Outono!!!!